Se você está sem dormir por causa do Bloco K, eu sei exatamente o que você está passando. E você tem toda razão do mundo de estar preocupado, pois a multa não é barata e esse assunto é muito pouco conhecido.
Se você está sem dormir por causa do Bloco K, eu sei exatamente o que você está passando.
E você tem toda razão do mundo de estar preocupado, pois a multa não é barata e esse assunto é muito pouco conhecido.
Você pode ainda não saber, mas sua indústria está em uma corrida contra o tempo para adequar o controle de estoque e movimentação da produção com esse livro fiscal.
O ano de 2019 está iniciando e com ele vem o Bloco K.
Mas o que isso significa?
Significa que todas as indústrias do Brasil fora do Simples Nacional e do MEI precisarão entregar o Bloco K ao Fisco.
E grande parte das empresas ainda não sabem o que realmente devem fazer.
Pensando nisso, trouxemos tudo o que você precisa saber para não ser surpreendido pelo Bloco K.
Continue lendo esse artigo que você vai saber…
- O que é o Bloco K?
- Não arrisque, as multas são altas
- Quem é obrigatório?
- O que deve conter no Bloco K?
- Bloco K do SPED
- Como se adequar ao Bloco K?
- Bloco K após o envio da ECD
- Informações Importantes
1. O QUE É BLOCO K?
Antes de qualquer coisa, é preciso compreender o seu significado e qual é a sua utilidade numa empresa.
O Bloco K nada mais é do que um livro digital contendo todos os registros de controle de produção e estoque das indústrias. Ele funciona como um histórico de todas as operações e rotinas da indústria.
Esse livro está vinculado ao projeto EFD (Escrituração Fiscal Digital), que está inserido dentro do Sistema Público de Escritura Digital (SPED).
O objetivo do Bloco K é evitar a sonegação de impostos; ele contribui para que ocorra a devida fiscalização.
2. NÃO ARRISQUE, AS MULTAS SÃO ALTAS!
Se caso houver alguma alteração indevida nos registros de consumo ou no de estoque ou até mesmo ocorrer o atraso no envio do documento, a empresa poderá ser multada ou até receber outras punições, como ter a emissão de notas fiscais impossibilitadas.
E convenhamos que o valor é bem salgado, para atraso na entrega a multa é de 1% sobre os valores de estoque, com um acréscimo de R$ 500 para as empresas do Simples Nacional e R$ 1.500,00 para as companhias inclusas nos demais sistemas.
Já para informações incorretas a multa é de 3% sobre as obrigações comerciais. E para o recolhimento de valores menores que o valor devido ou não recolhimento, a multa é 100% do valor devido e os responsáveis estarão sujeitos ao crime de sonegação fiscal e investigação por meio de inquérito policial.
3. QUEM É OBRIGATÓRIO?
O Bloco K é obrigatório para todas as empresas nos seguimentos de:
- Estabelecimentos industriais
- Estabelecimentos Atacadistas
- A critério do Fisco pode ser exigida de estabelecimentos de outros setores
Para uma melhor organização, as indústrias e organizações devem obrigatoriamente (Decreto 6.022/2007) enviar o Bloco K por meio do SPED ICMS/IPI, de forma padronizada e em tempo real da produção, insumos, estoque final e já escriturado (com o desconto de entrada e saída) pelo estabelecimento ou por terceiros, com exceção as optantes pelo Simples Nacional.
Após isso o Fisco começará a ter o controle da apuração de estoques.
4. O QUE DEVE CONTER NO BLOCO K?
As informações exigidas pelo Bloco K são:
- O montante da produção;
- O montante dos materiais consumidos;
- O montante da produção de terceiros;
- O montante de materiais consumidos na produção de terceiros,
- As operações internas de estoque;
- A disposição dos produtos acabados, semiacabados e matérias-primas;
- E a lista de materiais dos produtos próprios fabricados e de terceiros (Materiais pertencentes a empresa; materiais pertencentes a empresa em poder de terceiros e materiais de terceiros em poder da empresa).
Uma vez que a implementação do Bloco K é de inteira responsabilidade da própria indústria, recomenda-se que a mesma contrate um escritório contábil com especialização em indústrias, para tratar de todas essas informações exigidas pelo SPED e assim se adequar as exigências pedidas.
E não se esqueça, além do Bloco K existem ajustes a serem feitos em outros Blocos do SPED, como por exemplo: O envio da engenharia de produto no Registro 0210.
Fonte: Portal Contábeis
5.BLOCO K DO SPED
Falamos do significado do Bloco K e a sua importância para as indústrias, contudo é preciso entender o que é o SPED.
Como falado no início desse artigo, SPED, é a sigla para Sistema Público de Escrituração Digital. É esse sistema que contribui para que as obrigações do Bloco K sejam cumpridas legalmente por parte dos colaboradores para com os órgãos regulamentadores apropriados. O Bloco K é um dos componentes informativos do SPED Fiscal.
O SPED é composto por cinco subgrupos:
- NF-e Ambiente Nacional: que está vinculada a Secretárias da Fazenda dos Estados e a Receita Federal, e auxilia nas emissões de notas fiscais, de forma que as informações das mesmas sejam controladas mais facilmente.
- Escrituração Contábil Digital: também conhecida como Livro Diário Digital, tem a função de substituir o livro físico, transformando esse livro de escrituração mercantil em arquivos digitais.
- Escrituração Fiscal Digital: são documentos fiscais e escriturações que assim como os outros componentes tem a função de permitir assinaturas digitais e envios das informações virtualmente.
- CT-e: Conhecimento de transporte eletrônico
- NFS-e: Nota fiscal de serviços eletrônica
6.COMO SE ADEQUAR AO BLOCO K?
Para se tornar apto ao Bloco K é preciso fazer a revisão e a adequação dos processos, em seguida, deve-se fazer a capacitação da equipe e por fim fazer o uso de recursos em tecnologia que sejam seguros, pois o volume de informações é realmente gigantesco e requer ajustes à estrutura exigida pelo FISCO.
É importante ressaltar que a empresa precisa encontrar formas de se adequar a estrutura do Bloco K, estudando alternativas para compreender esse projeto para que haja o cumprimento dessa obrigação.
Mas como fazer isso?
Através da:
- Análise de todos os requisitos exigidos pelo Bloco K;
- Mapeando detalhadamente os processos industriais, terceirizados e estoques;
- Avaliando o tipo de software que atenderá esses requisitos;
- Contratando uma empresa especializada que ficará encarregada de administrar todas as exigências do Bloco K;
- Estruturar e treinar a sua equipe interna para a operação e registros das informações;
- Iniciar os testes para a confirmação das informações coletadas no sistema e ver se elas correspondem de fato;
- E por fim, entregar o Bloco K em 2019, dependendo da sua indústria.
7. O BLOCO K APÓS O ENVIO DA ECD
Caso você ainda não tenha enviado suas informações do Bloco K, tenho uma boa e uma má notícia para você.
A boa é que você tem direito a correção, porém só pode ser ajustado quando conter erros que não possam ser retificados por meio do lançamento contábil extemporâneo.
Já a notícia ruim é que só poderá substituir as informações do Bloco K uma única vez.
Sendo assim, as empresas que enviaram a ECD sem o bloco K, farão a substituição do arquivo entregue para acrescentar essa informação.
Conclusão
Esteja preparado para enviar o Bloco K a tempo. Se você estiver com dúvida de como realizar todo esse processo, acesse este link e fale com nosso time de consultores especialistas. Eles estão mais que preparados para te ajudar.
Lembre-se de verificar se já possuí todas as informações disponíveis e se a empresa possuí um bom ERP integrado.
Essa parte é muito importante, pois o Bloco K é um livro digital e necessita de um bom sistema para ajudar na coleta das exigências pedidas.
Se a sua empresa não tem ainda um sistema de gestão, o Tulipa ERP poderá te ajudar na coleta e organização das informações. Assim, sua empresa não terá o prejuízo com as multas altíssimas.
Para finalizar, também é muito importante identificar dentro do fluxo dos processos, os espaços e restrições que podem ocorrer ou inviabilizar a entrega de arquivo, devendo ser mapeado com antecedência.